sexta-feira, agosto 10, 2012

um rosto…

abriram-se as cortinas da cidade,
a nudez foi presença nas ruas acorrentadas.

sobraram horas geradas no ventre da noite,
e, amadureceram na encruzilhada sem nome.

espia pela fresta o frio da extinção.
toca  nos dedos hirtos
inflamados,
espinhosos.

um rosto denso de raízes,
com faróis presos ao silêncio,
esmaecesse no espelho da idade.
há desejos húmidos
refletidos em sonhos seculares

soam vozes semeadas nos espaços imaturos.
amadurecem os brilhos
de um verão resistente.
é amarga a linha da verdade
e confusa  a palavra ramificada.

melodias esborram no sangue que jorra
com sabor  a morte certa…

o rosto desvanecesse nas cortinas renegadas!


helena maltez



rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...